Atualidade

Golfe no Porto e Norte
25 Setembro, 2020 / , , ,

O golfe em Portugal também tem uma história e é exatamente pelo início que vamos começar este artigo.

Tudo começou em 1890, com a abertura do Oporto Golfe Club. Pela mão de ingleses, aristocratas ligados à Industria, que viviam no Douro.

O Norte português é uma região com muitas diversidades e com todas as razões para acreditar só possuir qualidades. A chuva, por norma mais abundante nesta região do Pais, é uma característica essencial para a criação e manutenção de campos de golfe.

Sem esquecer o calor das suas gentes e a gastronomia forte e diversificada, aliando tradições seculares e o ‘twist’ das novas tendências, o Norte detém a produção de alguns dos melhores vinhos do mundo, dos quais não podemos deixar de destacar o único e exclusivo, Vinho do Porto.

A tudo isto tem vindo a juntar-se o golfe, campos de desenho único que se aliam a praias e montanhas em perfeita harmonia.

Qualquer golfista oriundo de qualquer canto do mundo, e que já tenha tido a experiencia de jogar num destes maravilhosos campos, sabe bem que vale a pena voltar.

VINHOS a Descobrir – Wine Market
25 Setembro, 2020 / ,

Uma mostra de vinhos, privilegiando o contacto com visitantes e turistas.

Os visitantes terão a possibilidade de falar com os Produtores, adquirir Vinho a copo e garrafa, bem como produtos regionais e gourmet, enriquecendo a sua experiência.

Durante o Wine market serão realizadas Harmonizações diárias com vinhos, realizadas por um expert, partilhando o seu conhecimento para que a descoberta das melhores combinações seja ainda mais proveitosa.

Atividades paralelas:

Get Together Profissional – encontro com profissionais do sector: restaurantes, garrafeiras, bares, distribuidores e bloggers profissionais, para dar a conhecer os Produtores e os seus vinhos.
(sábado dia 26, entre as 13H30 e as 15H30)

Provas Harmonizadas diárias, promovendo as associações de vinhos e gastronomia com os produtos gourmet e produtos regionais.

DJ em ambiente Chill Out

Datas: 26 e 27 de Setembro 2020
Localização: Mercado Ferreira Borges,

Entrada: 3€
Entrada com copo: 5€, incluindo vale de desconto de 1€ na compra de 10€ ou superior em vinho.

Klimt & Monet no Porto
18 Setembro, 2020 / , ,

A Immersivus Gallery é a primeira galeria de experiências artísticas imersivas em Portugal e tem como objectivo ser um ponto de referência artístico nacional.

É uma reinterpretação das obras de arte de um dos impulsionadores do impressionismo que mostra o que está para além da moldura, através de uma viagem pelo mundo de artista e pela sua busca interminável pela captura da luz.

O público será imerso pelo movimento impressionista do artista e envolto pelas linhas e cores que fazem parte do mundo de Monet.

Brilliant Klimt traça o percurso pelos aspectos biográficos e pelo legado artístico do artista austríaco através da sua pintura icónica – O Beijo. Este será o fio condutor da viagem pelo trajecto artístico ao mesmo tempo que são exploradas as influências do mundo de Klimt.

Impressive Monet & Brilliant Klimt

21.08.2020 – 15.11.2020

Alfândega do Porto

Bilhetes / Tickets / Billetes – 9€

O Sol Voltou ao Porto – As Praias do Porto
4 Agosto, 2020 / , ,

Os dias de sol e de calor convidam a uma ida à praia e no Porto não é preciso ir muito longe para encontrar um lugar tranquilo à beira-mar para apanhar sol, passear, saborear um deliciosa refeição ou uma bebida fresca.

Ter praia na cidade é um sonho fácil de concretizar para quem está no Porto. Conheça as nove praias com Bandeira Azul onde pode desfrutar do Verão sem abdicar da vida na cidade.

Praia das Pastoras
O areal é delimitado por dois molhes, o que a protege do vento. É neste local que o Rio Douro desagua no Oceano Atlântico. Tem este nome porque era costume as pastoras trazerem aqui os seus carneiros a pastar as ervas e a maresia.

Praia do Ourigo
A tradição dos banhos na Praia do Ourigo já remonta ao século XVI, quando se acreditava que estas águas curavam doenças.

Praia do Carneiro
Tem um areal extenso e já é bastante frequentada desde o século XIX. Há alguns séculos aquela era uma zona de pastoreio. Diz a lenda popular que foi ali que um desses carneiros se perdeu do rebanho. A imagem do carneiro ficou eternizada em cima do Chalé Suíço (um quiosque que ainda hoje existe na Rua do Passeio Alegre).

Praia do Homem do Leme
Ideal para quem tem crianças, já que dispõe de dois parques infantis. É uma praia rochosa, com um areal de 374 metros. O nome vem da estátua de bronze, colocada na Avenida de Montevideu, que presta homenagem aos pescadores.

Praia dos Ingleses
Tal como o nome indica, era a praia preferida pela comunidade britânica do Porto. Tem um areal com 86 metros, uma zona de declives bastante suaves e areia fina.

Praia de Gondarém
Praia com 115 metros de extensão. O nome desta praia deriva do Latim e significa algo como “descanso na batalha”. Tem um paredão de pedra que é encoberto para preia-mar, tornando-a mais segura para crianças.

Praia da Luz
Um pequeno areal enquadrado por rochas e por uma zona ajardinada na Avenida do Brasil. Quando a maré está baixa podem ver-se dois pontões de apoio aos banhos do século XIX.

Praia do Molhe
Tem uma extensão de 168 metros e deve o seu nome à estrutura costeira, semelhante a um pontão, que avança para o mar e que delimita a zona de banhos. A paisagem é embelezada pela Pérgola da Foz, uma balaustrada de cimento construída nos anos 30 que funciona como um miradouro privilegiado sobre o mar. A escadaria e a zona envolvente fazem com que seja uma das praias mais bonitas do Porto.

Praia do Castelo do Queijo
Situada junto ao Castelo do Queijo. É uma zona rochosa, bastante procurada por pescadores e por pessoas que procuram aproveitar as propriedades medicinais das rochas.

Casa de São Roque
25 Março, 2020 / ,

A zona oriental da cidade do Porto tem vindo, ao longo dos últimos anos, a renascer quase das cinzas. De facto, um pouco marginalizada quando comparada com outras zonas da cidade, a parte oriental tem vindo a ser alvo de interesse crescente por parte da nova população que procura ali estabelecer-se e também por parte da gestão camarária que tem procurado incentivar a reabilitação da zona. Veja-se, a título de exemplo, o investimento dos Jardins e Parques Urbanos da zona oriental e a parceria que resultou na requalificação da Casa de São Roque.

Esta última merece um destaque particular, e a atenção do caro leitor!

Até há pouco quase em ruínas, a casa renasceu fruto de uma reabilitação primorosa que lhe devolveu o glamour e pôs em evidência a pérola arquitectónica que efectivamente é!

A casa, também conhecida por Palacete Ramos Pinto, fica situada no Parque de São Roque da Lameira, na freguesia de Campanhã, e pretende ser hoje um novo polo cultural da cidade. A casa vai dar a conhecer ao público grande parte da coleção de arte Peter Meeker/Pedro Álvares Ribeiro, estando actualmente patente a exposição “Inventória” com trabalhos assinados por Ana Jotta e a curadoria de Barbara Piwowarska.

Historicamente, temos de recuar até 1759, altura em que, fazendo parte da Quinta da Lameira, a casa funcionou como mansão e pavilhão de caça, como era típico na burguesia e nas famílias nobres do Porto de então. No século XIX, pertenceu à família de Maria Virginia de Castro, que em 1888 se casou com António Ramos Pinto, um dos mais conhecidos produtores e exportadores de vinho do Porto. Foi ele quem promoveu uma primeira remodelação da casa ao arquitecto José Marques da Silva (o mesmo que projectou a estação de São Bento).

Em 1979, toda a quinta e a casa foram adquiridas pela Câmara Municipal do Porto ao último dono, tendo sido preservados a mobília e os objectos mais importantes da casa (hoje em uso na colecção da Casa do Roseiral).

A Casa São Roque é hoje um exemplar marcante das casas da época no Porto, pela suas caraterísticas arquitetónicas e decorativas, acompanhada do seu magnifico jardim, no qual temos de destacar as belíssimas camélias (que inspiram toda uma programação na cidade nos próximos dias 2 a 9 de Março), da qual faz também parte uma visita guiada às camélias centenárias da Casa de são Roque no dia 2 de Março pelas 10h30 com o Professor Armando Oliveira.

A casa é linda, o jardim magnifico, a exposição actualmente patente desafiante – não dará o seu tempo por perdido se lhes dispensar uma visita!

Para mais informações e acompanhamento da oferta disponível, não deixe de consultar: https://www.casasroque.art/pt/

Um passeio por Lordelo do Ouro
6 Março, 2020 / ,

Vamos dar início ao nosso passeio “a penantes” por Lordelo do Ouro, deixe-se deslumbrar por um dos locais mais bonitos e pitorescos da Invicta, onde o rio Douro se encontra com o Atlântico.

Começamos na Rua Nova da Alfândega, junto à Igreja de São Francisco, apanhando o elétrico 1 com destino ao Passeio Alegre, para usufruir do magnifico percurso ao longo do rio.

Subindo a Rua do Sr. da Boa Morte, chegamos ao Miradouro de Santa Catarina, passando pelo Bairro João do Carmo, com paragem obrigatória nas suas belas escadas.

Após passarmos o portão da Quinta da Murta, viramos na viela das “escadinhas”, que por não ter nome assim foi batizada pelos moradores locais.

Já no Miradouro, podem usufruir das suas belas vistas, observando o Douro que termina o seu percurso, num silêncio envolvente que nos transporta para outros tempos…

Se quiserem visitar a Capela de Santa Catarina e N. Srª dos Anjos (Sec. XIV), aos sábados à tarde, tem celebração de missa pelas 17h30.

Após recuperarem da íngreme subida, vamos descer pela Travessa de Luís Cruz, até ao cruzamento com a Rua das Condominhas, seguindo para o bairro com o mesmo nome, onde todas as ruas têm nome de praias portuguesas.

Entramos pela Rua do Estoril, descendo depois pela Rua da Figueira da Foz, para encontrar novamente a Rua das Condominhas que nos levará ao Jardim do Calém.

A caminhada continua pela Avenida D. Carlos I, mais conhecida pela Avenida das Palmeiras e termina no relaxante Jardim do Passeio Alegre em comunhão com as aves que por lá habitam.

Se a fome apertar tem na redondeza muita e boa oferta. Lordelo do Ouro sempre foi uma zona rica de restauração. Quer seja do chamado “tasco” ao restaurante com mais serviço mais cuidado.

O Coliseu do Porto ou as mil e uma vidas de um clássico
5 Março, 2020 / ,

No imaginário dos portuenses o Coliseu do Porto ocupa um lugar muito especial e é, sem desprimor para as restantes, a primeira sala de espectáculos da cidade, talvez porque regularmente e desde o início esteve envolvido entre polémicas.

Quem está no centro da cidade e atravessa a praça D João I, do lado nascente avista a rua Passos Manuel. Subindo pelo lado esquerdo depara-se com um edifício modernista cujo exterior não deixa entrever a singularidade do seu interior. Trata-se do Coliseu do Porto.

Durante décadas esta zona da cidade foi o centro de animação e da vida nocturna do Porto. Na vizinhança foram existindo, e coexistindo, a generalidade das casas de espetáculos da cidade: Desde o tristemente célebre teatro Bachet na rua de Sto António, que no dia 20 de Março de 1888 ardeu em pavoroso incendio durante uma récita com mais de cem vítimas mortais; O posterior teatro de Sá da Bandeira, reerguido no mesmo local do Bachet e que ainda continua com as portas abertas; O teatro de S. João à Batalha, também vitima de outro incêndio, desta vez vazio, no ano de 1909, e mais tarde reconstruído com risco do arq Marques da Silva; e ainda o curioso salão Jardim Passos Manuel, inaugurado no ano de 1908 e construído logo abaixo do Coliseu, na rua do mesmo nome e que teve vida efémera durante três décadas.

A ideia da construção de uma grande sala de espectáculos no Porto remonta ao início do século XX, mas só no início dos anos trinta, um conjunto de notáveis da cidade animou a administração da Companhia de Seguros Garantia a projectar e materializar o Coliseu.

Sobre o desmantelamento do Jardim Passos Manuel em 1938 é que se edificou o Coliseu. Os primeiros estudos arquitectónicos são da autoria de José Porto. Artista sem formação académica mas com conhecimentos ecléticos de construção. O risco da sala principal é da sua autoria. Depois seguiu-se a colaboração de Yan Wills, holandês e pertencente ao movimento modernista De Stijl. Embora tenha elaborado diversos estudos, nenhum foi executado em obra.

Hesitações iniciais de programa e um chumbo da Comissão de Estética da Câmara Municipal do Porto levaram ao afastamento do terceiro projectista -Arq Júlio de Brito- que havia substituído os colegas José Porto e Yan Wills, entretanto já consumidos na voragem de alterações ao projecto e variações de linguagem.

No ano de 1939 a companhia de seguros Garantia contrata os serviços do Arqº Cassiano Branco (1897-1970), então uma estrela em ascensão no mundo da arquitectura portuguesa dos anos 30. No curto espaço de dois anos Cassiano terminou a obra, ainda que em desacordo com o promotor, que o despediu por carta em 10 de outubro de 1940, por “erros e deficiências gravíssimas patentes nas obras”. Sem prejuízo foi Cassiano quem mais marcou a imagem geral e sobretudo a imagem exterior do Coliseu. A sua prestação para o conjunto da obra foi decisiva ao ponto de se lhe poder atribuir a autoria do edifício que lá está.

Entretanto e a convite de Cassiano Branco, também o francês Charles Siclis colaborou introduzindo algumas alterações no interior do edifício, designadamente do desenho das portas e candeeiros.

O último arquitecto a trabalhar no Coliseu foi Mário de Abreu. Que procedeu a alterações de vários elementos, nomeadamente da alteração da torre desenhada por Cassiano, que inicialmente previa a montagem de elementos de iluminação de néon colorido e que este retirou.

Finalmente, no dia 19 de Dezembro de 1941, escassos dois anos após o início dos trabalhos, Joaquim José de Carvalho, presidente do conselho de administração da companhia de seguros Garantia, inaugurou solenemente o Coliseu, com a récita de um concerto da Orquestra da Emissora Nacional dirigida pelo maestro Pedro de Freitas Branco. Depois seguiu-se um baile no Átrio. Sobre a data o articulista n’O Comércio do Porto escrevia: “o pendor moderno, confortável, elegante e bem conseguido do edifício”. E ainda “a fachada a que Cassiano deixa o seu nome ligado contribui para que o Coliseu seja uma grande caixa de surpresas”.

A planta do edifício manifesta afinidades com a organização do célebre Teatro Total de Walter Gropius. Há, também, afinidades formais com o movimento funcionalista alemão e europeu do pós primeira guerra mundial. A sala tem capacidade para 3000 lugares sentados. Em complemento tem um grande bar junto à plateia no piso térreo, uma sala complementar, com capacidade para trezentas pessoas e vocacionada para eventos de média dimensão, e no último piso, um restaurante com um terraço donde se avista uma boa panorâmica sobre a cidade.

O interior do Coliseu é magnífico nas suas formas fluidas e circulação orgânica. A sedução da sala circular é difícil de descrever em palavras, mas evidente para quem a visita. As frisas e camarotes sucedem-se em vários pisos, terminando na geral superior, envolvendo na vertical a plateia circular do piso térreo.

Entre tantos artistas que lá se apresentaram, destacam-se: A fadista Amália, o pianista Sviatoslav Richer; o melhor palhaço do mundo Popov; Rudolf Nureyev; o pai do rock português Rui Veloso; Miles Davis ou ainda a diva Claudia Schiffer.

Em 1991 assinalou-se o cinquentenário da Sala com a realização de um grande concerto de homenagem, no qual foi replicado o concerto inaugural. Foi solista a pianista e professora Helena de Sá e Costa, acompanhada de Pedro Burmester e pelo maestro Jan Koenig dirigindo a Orquestra Porto Regie-sinfonia.

Em meados dos anos 90 o proprietário do Coliseu do Porto era a Empresa Artística SA/ grupo Aliança -UAP.    Há necessidade de obras de melhoramento, assim como, fazer face a cada vez maiores despesas correntes de manutenção de um edifício tão grande. Neste quadro, vem a público notícias de eventual venda do Coliseu à IURD, vulgo Igreja Universal do Reino de Deus, com raizes no Brasil e que recentemente havia comprado o em Lisboa o emblemático cinema Império, para o converter em catedral, na passividade geral dos lisboetas.

Portuenses anónimos e os agentes artísticos da cidade uniram-se espontaneamente e, num gesto único, saem à rua numa manha de agosto, manifestando-se ruidosamente contra o negócio e o fecho da Sala, gritando “o Coliseu é nosso”. Na memória colectiva ficou a imagem do cantor Pedro Abrunhosa algemado às grades do Coliseu, rodeado de uma pequena multidão ululante na recusa do negócio. Todos não foram demais para continuar o Coliseu.

Cavalgando a onda de solidariedade que se gerou, os proprietários deixaram cair o negócio da IURD. Em sua vez, no dia 17 de novembro de 1995, foi constituída a Associação Amigos do Coliseu do Porto, presidida pelo Sr Eng José António Barros, em representação dos proprietários, agregando na nova associação inúmeras instituições e cidadãos anónimos da Cidade.

Foi entretanto feita a escritura de compra e venda ficando a ser propriedade da associação Amigos do Coliseu do Porto. Poucos dias depois, após um desfile do Portugal Fashion, ocorreu um incêndio no palco, destruindo-o por completo. Gera-se nova onda de solidariedade, com amplas contribuições monetárias de instituições e particulares, que permitiram a re-abertura do Coliseu ainda nesse mesmo ano.

Foram entretanto realizadas novas obras de manutenção introduzindo alguns melhoramentos técnicos nas infra-estruturas de palco. Assim, no dia 24 de novembro de 1998 foi re-aberto o Coliseu do Porto, dando uma récita da ópera Carmen, de Georges Bizet.

Com este historial de quase oitenta anos decerto que o Coliseu permanecerá no futuro como a grande sala de espectáculos do Porto. Esperemos que afastado de polémicas, como aconteceu no passado. Certamente perdurará no coração dos portuenses.

Presépios
23 Dezembro, 2019 / , ,

Joaquim Machado de Castro (Coimbra, 1731 – 1822) foi um dos mais relevantes escultores portugueses de renome, tendo igualmente sido um dos que tiveram maior influência na Europa do século XVIII e princípio do século XIX. Foram vários os Presépios de Natal que produziu, tanto que o mais antigo Presépio da cidade do Porto, que remonta ao séc. XVIII, é da sua autoria, sendo possível visitá-lo na Igreja de São José das Taipas. Mas, também, na Igreja de Corpo Santo de Massarelos é possível ver mais um dos seus belos Presépios, sendo que a sua obra se espalha pelo país.

Sugestões por Nuno Pestana Vasconcelos
13 Dezembro, 2019 / , ,

Nesta pequena grande cidade, tenho por hábito partir sem destino, indo à descoberta de um novo Porto.

Nos últimos anos o Porto tem sabido responder e reinventar-se, como consequência de um efeito crescente do turismo, ao apresentar uma cada vez maior e melhor oferta de espaços, serviços e de eventos. O suficiente para despertar em mim uma vontade constante de partir pela cidade. E muito por aí há para conhecer.

Parto a pé, por vezes sozinho, mas sempre acompanhado pela máquina fotográfica. Muito poderia propor dentro dos tradicionais e habituais circuitos para turistas, os must see que sempre encontramos nos mais variados guias e que são, de facto, a não perder, também neste meu Porto.

Para um fim de tarde, ou princípio de noite, o ponto de encontro tem sido invariavelmente a Capela Incomum. É um espaço inusitado por estar parcialmente dentro de uma antiga capela, com uma área interior acolhedora, ideal para estes dias mais frios, mas com uma pequena esplanada onde nos podemos reunir e assistir ao pôr-do-sol, assim o tempo o permita. A carta de vinhos é suficientemente rica e os amuse bouche ou tapas ajudam a manter uma boa conversa entre amigos, partindo depois pela cidade dentro.

O gosto e a paixão pela fotografia dão o mote para que a minha sugestão seja a descoberta do Porto numa óptica mais artística e estética. Tendo como ponto de partida os Aliados, rodeados por alguns edifícios de referência, com novos e luxuosos hotéis que despontam pela cidade, cafés históricos, edifícios que outrora acolheram bancos, a Câmara, etc, etc, facilmente podemos optar por uma qualquer direcção, que certamente não sairemos desiludidos.

A riqueza arquitectónica do Porto, da mais antiga à contemporânea, daria para sugerir dezenas de interessantíssimos circuitos na cidade.

As ruelas e caminhos estreitos, as escadarias, as calçadas, as ilhas, as praças, jardins, cafés, restaurantes, tascas e tabernas típicas, fazem todos parte deste imaginário mas que é tão real.

As igrejas, antigas salas de cinema, teatros, estações de comboio, comércio tradicional, numa miscelânea de estilos, de espaços, decoração e de vivências, todas contribuem para esta beleza ímpar de um Porto que já tem tanto de europeu, mas que teima em manter-se invicto e fiel às suas raízes e fortes tradições.

A zona envolvente da Igreja e Convento de São Bento da Vitória, da antiga Cadeia da Relação que acolhe o Centro Português de Fotografia, terminando no belíssimo Passeio das Virtudes são locais  incontornáveis por onde passo, que revisito e que recomendo.

Num plano diametralmente oposto mas reconhecendo o esforço que tem vindo a ser feito pela autarquia, ao promover uma zona menos nobre da cidade, o lado oriental, mas com um potencial incrível, sugiro algo que ainda poucos terão vivenciado: a Casa de São Roque. Esta belíssima casa, agora na posse da autarquia e recentemente restaurada e adaptada para acolher e expor arte contemporânea, é hoje um exemplar das casas da época no Porto, pela sua arquitectura e pelo seu belo jardim. É acima de tudo mais um espaço nobre na cidade, que agora surge numa zona que se quer tornar pujante e que certamente irá surpreender o Porto, suas gentes e turistas.

A não perder, ainda na zona de Campanhã, um espaço de artes – Mira Forum e o Espaço Mira, especialmente dedicados à fotografia, em que duas galerias nascem numa área onde antigos armazéns totalmente abandonados fazem agora parte integrante de um circuito cultural por onde passam algumas exposições e outros eventos que não podem ser ignorados.

 

 

Onde vamos sair hoje?
22 Novembro, 2019 / , , ,

A resposta a esta pergunta nem sempre é fácil para quem gosta de sair para dançar e gosta verdadeiramente de música.

Na maioria dos sítios ouve-se sempre a mesma música aonde não faltam os últimos sucessos da radio, música brasileira e o reggaeton.

Mas ainda existem alguns lugares, no Porto, onde a música nos faz viajar para outros tempos  e nos faz recordar aqueles momentos que nos foram especiais ou ainda espaços para  novas descobertas musicais e aonde nos podemos perder em novas  sonoridades.

Para recordar o Batô voltou com as noites do Baú (nas últimas quintas feiras do mês) onde o indie rock  que se ouvia  anos 80 e 90 volta a encher a pista de dança.

Para viajar no tempo o Griffon´s, agora na baixa do Porto,  volta  a apostar nas suas matinés agora aos sábados,  que foram  lendárias nos anos 80 e que ajudaram a criar um gosto musical a toda uma geração que o frequentou.

Para novas descobertas o Maus Hábitos, uma referência na cidade desde a sua abertura, no ano em que o Porto foi capital europeia da cultura, e com uma programação que aposta na descoberta das novas sonoridades.

Para nos perdermos na noite ao ritmo de novas sonoridades o Plano B, apesar de inconstante na sua programação a alternativa das duas pistas de dança assegura algumas noites memoráveis

Hoje, já não temos desculpa para não sair. Vamos dançar e viajar no tempo ou perdermo-nos nos ritmos e na descoberta das novas sonoridades.