Destaque

Praça Carlos Alberto
19 Novembro, 2024 / , ,

Esta praça remonta a tempos longínquos e é o resultado de um entroncamento das velhas estradas que, saindo conjuntamente da Porta do Olival das Muralhas Fernandinas, junto à Cadeia da Relação, se dirigiam a Braga (pela actual Rua de Cedofeita) e a Guimarães (pela actual Rua das Oliveiras).

A mais remota referência conhecida em documento data de 1638, e nessa altura chamava-se “Largo dos Ferradores”, porque era aqui que se aprontavam as montadas para o caminho. Era também um local de estalagens.

No Largo dos Ferradores, no palacete setecentista dos Viscondes de Balsemão (onde agora está instalada a Direção Municipal da Cultura da Câmara Municipal do Porto), estava por meados do século XIX instalada a Hospedaria do Peixe.

A praça também foi conhecida popularmente como Feira das Caixas, porque, numas tendas de marceneiros que havia por aqui, se faziam as caixas para as bagagens que os emigrantes levavam para o Brasil.

Em fevereiro de 1791 foi inaugurada nesta praça a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, com o edifício do Hospital do Carmo.

A partir de Julho de 1853 e até Fevereiro de 1910, na Praça de Carlos Alberto, para ser mais exacto, à frente da Tabacaria Havaneza, ficava a paragem terminal do veículo da Empreza Portuense de Carros Ripert, um pesado carroção de madeira e ferro, puxado a cavalos, que fazia a ligação diária com São Mamede de Infesta.

Desta praça partiu, também, em 12 de Agosto de 1874, o primeiro carro americano do Porto, antepassado directo do eléctrico, na carreira para Cadouços, na Foz do Douro.

Neste espaço realizou-se durante muitos anos a feira dos criados de lavoura e das criadas de servir. Veio para aqui da Praça da Corujeira, e daqui foi transferida para a Rotunda da Boavista em 1876. Os moços e as moças vinham dos arrabaldes e aqui ajustavam, com os futuros patrões, as condições de trabalho.

Já no século XX, a 9 de Abril de 1928, foi inaugurado na Praça de Carlos Alberto o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, de autoria de Henrique Moreira

O nome desta praça e do teatro da Rua das Oliveiras homenageiam o Rei Carlos Alberto da Sardenha, destroçado do seu trono em 1849, após a derrota da Batalha de Novara a 23 de Março desse ano.

Este esteve exilado na cidade do Porto por 3 meses, antes de morrer.

Viveu no Palacete dos Viscondes de Balsemão naquela mesma praça, e faleceu na Quinta da Macieirinha, onde está o actual Museu Romântico.

Ponte D. Maria Pia
4 Outubro, 2021 / , , ,

Foi projecto do Eng.Theophile Seyrig e inaugurada em Outubro de 1877.

Nela trabalharam 150 operários da Eiffel Constructions Métalliques, e foram usados 1.600.000 kg de ferro.

Foi a primeira construção a considerar os efeitos dos ventos da região, e apesar da complexidade da ponte não demorou sequer 2 anos a ser construída.

As dimensões da largura do rio e das escarpas envolventes, exigiu a construção do maior arco em ferro do mundo, com um vão de 160m, e um tabuleiro de 352m, a 61m de distância do nível médio das águas do rio. Foi uma construção no limite das possibilidades da construção metálica. Na época esta ponte foi uma obra de engenharia que deslumbrou portugueses e estrangeiros.

Marcou a chegada da via-férrea à cidade invicta, e a ligação entre o Porto e o sul a nível ferroviário era a sua função. Permitiu concluir a ligação ferroviária entre o Porto e Lisboa que, na altura, terminava na estação das Devesas em Vila Nova de Gaia. Teve um profundo impacto na economia da região, pois a cidade do Porto assumiu a posição de nó num conjunto de linhas férreas importantes e permitiu o reordenamento do tecido urbano em função da localização das estações.

A festa de inauguração no dia 4 de Novembro de 1877, foi de arromba, e foi presidida pelo rei D. Luís I e pela Rainha D. Maria Pia, que lhe deu o nome.

A multidão veio assistir ao memorável espectáculo, encheu as redondezas da “obra de arte”, acenando lenços à passagem ao primeiro comboio a atravessar a ponte, com 24 carruagens e cerca de 1200 pessoas a bordo.

A segurança da ponte foi largamente comprovada com a passagem de comboios por mais de 100 anos.
Está classificada como monumento nacional e é o único monumento português que faz parte da lista de grandes obras de engenharia da Sociedade Americana de Engenharia.

Com o aparecimento da nova Ponte de São João, a ponte D Maria Pia foi desactivada a 1 de Junho de 1991, e desde esse dia que aguardam pacientemente pelo futuro, sendo prioritária a recuperação desta obra de arte.

Porto é a cidade das Camélias
23 Março, 2021 / ,

O Porto é um vasto jardim de Camélias junto ao Douro plantado.

Estas flores dão vida e alegria à cidade do Porto, durante dias tristes e cinzentos de inverno.

Até nos cemitérios portuenses há Camélias.

Como forma de celebrar esta flor, todos os anos o Porto é invadido pela Semana das Camélias na 2ª semana de Março, o que infelizmente este ano não pode acontecer.

Organizada pela primeira vez em 1984, no Mercado Ferreira Borges, esta exposição tem percorrido vários espaços da cidade, como a Biblioteca Municipal, o Mosteiro de São Bento da Vitória, Serralves, ou o Palácio da Bolsa.

Este evento desperta ano após ano a curiosidade e o entusiasmo de muitos admiradores, coleccionadores e produtores de camélias, e convida o público a conhecer e apreciar as diferentes espécies desta flor do inverno, que hoje abunda e espalha cores pelos vários jardins da cidade.

Os principais criadores que, ao longo dos anos, aperfeiçoaram o cultivo desta flor, multiplicando-a nas mais variadas espécies, salpicaram de colorido e formas os jardins da cidade do Porto.

As camélias são uma herança natural e cultural portuense.

O Porto é um rio entre camélias.

Aqui ficam alguns locais onde pode encontrar Camélias:

– Jardim Botânico
– Casa Burmester do lado direito
– Palácio de Cristal – Jardins e Biblioteca
– Museu Romântico
– Casa Tait
– Jardim S Lazaro
– Rotunda da Boavista
– Antiga Igreja de Cedofeita
– Jardim do Marquês
– Parque da Cidade
– Cemitérios de Agramonte e Prado do Repouso
– Jardim Serralves

O Jardim dedicado às mulheres
20 Janeiro, 2021 / ,

Inaugurado em 1834, o Jardim Marques de Oliveira, é de concepção romântica, podendo destacar-se a sombra das suas grandes magnólias, as suas imponentes tílias, o colorido das suas camélias e os sons do lago central.

O Jardim de São Lázaro, é o mais antigo jardim municipal da cidade do Porto.
A sua designação advém da antiga gafaria medieval, aí instalada no princípio do século XVI, e que veio a ser demolida no século XVIII.

Este fresco jardim é uma agradável surpresa para quem passa, pois está muito bem cuidado e frondoso.
Foi desenhado por João José Gomes, o primeiro jardineiro municipal do Porto, e apresenta ainda hoje o seu desenho original.

Destacam-se a fonte, o coreto, e as esculturas espalhadas pelo jardim, de vários artistas de renome nacional como Soares dos Reis.

Durante a Guerra Civil portuguesa, o Porto esteve rodeado por um cerco entre Julho de 1832 e Agosto de 1833. Foi um cerco pesadíssimo para os portuenses: às investidas das tropas miguelistas, somavam-se inimigos silenciosos como a cólera, o tifo, a fome e o frio, que transformou as belas árvores da invicta em lenha para a população.

A 27 de Janeiro de 1833, D. Pedro IV ordenou a construção do Jardim de S. Lázaro, dedicado às mulheres desta cidade, para de alguma forma as compensar pelas duras provações enfrentadas durante o Cerco. Pretendia-se que este fosse um recanto das senhoras portuenses!
Embora modesto em tamanho e parco de vistas, rapidamente se tornou popular entre a fina sociedade – um lugar obrigatório de reunião das famílias do Porto. Durante 30 anos, esta miniatura de Passeio Publico, foi o centro do janotismo e da moda da cidade.

Sem vista para a barra do Douro, sem passeios largos e arejados, encerra contudo um suave perfume, que contrasta com o ambiente urbano em que se insere.

É o ponto de encontro dos reformados que jogam cartas, ponto de passagem de muitos locais, um lugar de repouso para os turistas. Próximo da Faculdade de Belas Artes, é também muito frequentado por estudantes.

A nascente do jardim está a Biblioteca Pública Municipal e, a sul, a magnífica fachada barroca do antigo convento de São Lázaro, atribuído a Nicolau Nasoni.

O jardim é o único da cidade que ainda está envolvido por um gradeamento. É um dos mais bonitos jardins românticos do Porto.

A tradição da Ceia de Natal no Porto
9 Dezembro, 2020 / , ,

As tradições natalícias sempre tiveram um significado muito especial no seio das famílias tripeiras, mas há 100 anos era tudo um pouco diferente

A ceia de natal (jantar de dia 24 de Dezembro) apenas existia no norte. A sul do Porto, a partir do Advento, as famílias faziam jejum de carne, e este dia era passado em rigoroso jejum. Só depois da Missa do Galo, é que a ceia era servida.

O Porto já seguia a tradição da Idade Média, com o Bacalhau de Natal. A família reunia-se à mesa para celebrar em conjunto a consoada (que vem do verbo consolar).

Como não se podia comer carne, e o bacalhau era o peixe mais barato, o repasto era constituído por bacalhau cozido, acompanhado com couves e batatas cozidas, regados por um bom azeite nacional extra virgem; os pastéis de bacalhau, o polvo guisado, ou o arroz de polvo eram outros dos pratos sem carne mais escolhidos.

Mas a partir da II Guerra Mundial, apenas as famílias mais ricas continuaram a poder consumir bacalhau com regularidade, e para essas o bacalhau passou a ser só para os dias festivos.

Há uma lenda que diz que em Toledo, antes das 12 badaladas, os lavradores matavam um galo, que levavam para a igreja para dar aos mais pobres, para terem um Natal mais feliz. Assim a carne estava reservada para o Dia de Natal (25 de dezembro) sendo o peru recheado o rei deste dia.
A missa do galo não fazia parte das tradições portuenses, pois o convívio familiar não se devia interromper. No norte ninguém rezava pelo menino jesus à meia-noite, pois a essa hora toda a gente estava à volta do polvo e do bacalhau.

Para a sobremesa destacavam-se as broas de natal, e mais tarde o famoso Bolo-rei, de forma redonda, com um buraco ao meio. Tradicionalmente, no interior do bolo havia uma fava seca, e um pequeno brinde feito de metal ou cerâmica. A quem saísse a fatia com a fava tinha o dever de pagar o próximo bolo-rei, já o brinde dava sorte a quem o encontrasse.

Por trás deste bolo existe uma simbologia com cerca de 2000 anos. A lenda diz que o bolo representa os presentes que os Reis Magos ofereceram ao Menino Jesus. A coroa simboliza o ouro, as frutas cristalizadas e secas são a mirra, e o aroma do bolo o incenso.

Esta tradição foi importada de França, da corte de Luis XIV, onde se fazia este bolo para as festas de Ano Novo e do dia de Reis. Ao Porto o Bolo-rei chegou em 1890 pela Confeitaria Cascais.

Outra sobremesa que um portuense não dispensa na consoada é a Aletria. Tem origem árabe e era feita com massa fina, leite de amêndoas e mel. É normalmente coberta com desenhos feitos em canela.

Também as Rabanadas são iguaria doce na casa dos portuenses, no natal. Na invicta é habitual embebedá-las com vinho do Porto. No sul chamam-se fatias douradas.
As primeiras receitas remontam a 1611. No início do séc.XX eram muito comuns em Madrid, sendo de lá que nos chegou a receita.

O Vinho do Porto é o néctar do natal portuense, e é sempre uma boa altura para beber, comprar e oferecer. Sem nunca esquecer a escolha dos melhores vinhos para pôr à mesa nestas festividades.

Hospital Santo António -250 anos do hospital da cidade
6 Novembro, 2020 / , ,

Localizado no Centro Histórico do Porto, mais propriamente no Largo do Professor Abel Salazar, o Hospital de Santo António completou, em 2020, 250 anos desde que foi lançada a primeira pedra.

A história do Hospital de Santo António surge como saga de determinação, arrojo e altruísmo. Desde logo, a sua construção, que, independentemente da megalomania do projeto e do erro da localização, muito pantanoso, constituía necessidade premente da cidade em transformação.

No entanto, ficou demonstrado que, para edificarem e manterem o seu Hospital, os portuenses e a sua Misericórdia viram-se, muitas vezes, sozinhos e desapoiados pelo poder que, em momentos decisivos, tratava o Porto com a sobranceria de um centralismo que só nos meados do século XX começaria a olhar a cidade na justa medida das suas carências hospitalares.

A 15 de julho de 1770, os terrenos desocupados nos arredores do Largo davam lugar à construção do Hospital, mas a proposta apresentada pelo arquiteto inglês John Carr não chegou a executar-se na totalidade, tamanha era a sua dimensão, grandiosidade e custo. O início da construção deparou-se com uma dificuldade inesperada, o terreno que era muito húmido e pantanoso, dificultando a construção dos alicerces que iriam suportar o edifício. John Carr, que nunca veio ao Porto, projetou os interiores em tijolo. A opção pelo granito onerou e prolongou construção.

Para além dos problemas geográficos, os primeiros anos de construção foram marcados pela “turbulência” das invasões francesas, entre a década de 1770 e o início do século XIX, fazendo com que apenas fossem executados dois terços do projeto.

Mais à frente na História, e já após a inauguração da unidade, que aconteceu só em 1824, o país travou a guerra civil entre absolutistas e liberais e, depois, ainda, enfrentou a peste bubónica e a gripe espanhola de 1918.

É também em 1825 que fica associado ao hospital, a Escola Médico-Cirúrgica do Porto, antepassado da Faculdade de Medicina do Porto que ali funcionou até ao final do ano de 1959, mudando-se para o recém-construído Hospital São João.

Passados 20 anos, em 1979, o hospital volta a receber alunos do 4º ano do curso de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto, garantido a regência da maioria das unidades curriculares. Atualmente, a média de ingresso é a mais elevada entre os 7 mestrados integrados em Medicina das universidades portuguesas.

O edifício é o mais palladiano dos edifícios portugueses, e o maior, construído fora das ilhas britânicas, desenvolvendo-se em vários andares, de modo sóbrio, simples e simétrico, mas com volumes bem definidos animando a superfície.

Foi se convertendo no “hospital da cidade” e, desde 1910, é considerado Monumento Nacional. Hoje o Hospital de Santo António é a âncora do Centro Hospitalar Universitário do Porto, que incorpora também Centro de Genética Médica Jacinto de Magalhães e o Centro Materno-Infantil do Norte Albino Aroso, resultante da fusão da Maternidade Júlio Dinis e do Hospital de Crianças Maria Pia, bem como o património humano e cultural do Hospital de Doenças Infeciosas Joaquim Urbano. O CHUP dedica-se à assistência, ao ensino, aos internatos médicos, à formação, à inovação e à investigação clínica e científica. A área direta de referenciação vai da orla marítima cosmopolita às velhas ilhas do Porto, passando pela cidade, bairros operários e aldeias de Gondomar. Tem cerca de 4400 trabalhadores, de dezenas de profissões. Em cada dia que passa, tem cerca de 100 internamentos, 2900 consultas, 140 cirurgias programadas, 420 episódios de urgência, 300 episódios de hospital de dia e 10 partos. A cada semana, acolhe um novo ensaio clínico multicêntrico internacional e coloca quatro artigos científicos em base internacionais. A biblioteca tem numerosos recursos de pesquisa e obtenção de bibliografia. O Museu da Medicina e da Farmácia, está integrado na Rede Portuguesa de Museus, ligando o hospital à cidade e aos turistas.

 

 

Roteiro dos escritores, pelo Porto ( Camilo Castelo Branco )
1 Outubro, 2020 / , ,

Apesar de ter nascido em Lisboa (1825) filho ilegítimo de um aristocrata com a sua criada, com 5 anos veio viver para o norte – Vila Real, órfão mãe. Com apenas 16 anos casou-se, e em 1843, 2 anos depois, foi pai. Nesse mesmo ano veio para o Porto viver sozinho, para a Rua Escura, no histórico e pitoresco bairro da sé, para estudar medicina. Mais tarde viveu no hotel Paris, na Rua da Fábrica.

Era um homem elegante, foi um reputado jornalística e escritor. Em 1850, matriculou-se no Seminário do Porto, onde estudou teologia e fundou 2 jornais de caracter religioso.

A vida de Camilo pelo Porto foi intensa, polémica e boémia e causou alguns escândalos de natureza amorosa. Ficou celebre pela paixão por Ana Plácido e consequente prisão na Cadeia da Relação. Destes acontecimentos nasceu a sua obra mais célebre “O amor de perdição” que foi imortalizado por uma estátua dos dois, que pode ser vista junto à cadeia onde ambos estiveram presos.

Em 1868, Camilo voltou ao Porto para viver na rua de Santa Catarina e rua de S. Lázaro, depois de casar com Ana Plácido e com ela fundou e dirigiu a Gazeta Literária da cidade.

Os anos 80 foram muito turbulentos pois já via muito mal e mantinha relações polémicas com variados senhores da sociedade. Foi várias vezes ameaçado fisicamente e comprou um revolver para se defender. Ironicamente 7 anos depois viria a usa-lo para se suicidar após perceber que a sua cegueira não tinha cura.

Camilo foi sepultado no cemitério da Lapa.

Até hoje, encontram-se na Ordem da Lapa manuscritos da correspondência entre Camilo, Ana Plácido e Freitas Fortuna e numerosos objectos camilianos, como o revólver com que se suicidou, uma caixa de prata para rapé, com a última anotação que utilizou, a luneta, a pena e a lapiseira-pena que lhe serviram nos últimos tempos, um livro de Droz que Camilo começou a traduzir na Cadeia da Relação, um búzio que serviu a Camilo de pisa-papéis e o seu tinteiro predilecto.

Golfe no Porto e Norte
25 Setembro, 2020 / , , ,

O golfe em Portugal também tem uma história e é exatamente pelo início que vamos começar este artigo.

Tudo começou em 1890, com a abertura do Oporto Golfe Club. Pela mão de ingleses, aristocratas ligados à Industria, que viviam no Douro.

O Norte português é uma região com muitas diversidades e com todas as razões para acreditar só possuir qualidades. A chuva, por norma mais abundante nesta região do Pais, é uma característica essencial para a criação e manutenção de campos de golfe.

Sem esquecer o calor das suas gentes e a gastronomia forte e diversificada, aliando tradições seculares e o ‘twist’ das novas tendências, o Norte detém a produção de alguns dos melhores vinhos do mundo, dos quais não podemos deixar de destacar o único e exclusivo, Vinho do Porto.

A tudo isto tem vindo a juntar-se o golfe, campos de desenho único que se aliam a praias e montanhas em perfeita harmonia.

Qualquer golfista oriundo de qualquer canto do mundo, e que já tenha tido a experiencia de jogar num destes maravilhosos campos, sabe bem que vale a pena voltar.

Roteiro dos escritores, pelo Porto ( Júlio Dinis )
21 Setembro, 2020 / , ,

Júlio Dinis (1839-1871), nasceu e foi baptizado no Porto, na freguesia de S.Nicolau.

Estudou em Miragaia onde escreveu os primeiros textos literários, e estudou Medicina na Universidade do Porto. Em 1852 e 1853, residiu na aldeia de Noêda, freguesia de Campanhã. Em 1874 o escritor foi habitar com a família do seu primo, para a Rua de Costa Cabral, na freguesia de Paranhos, onde viria a falecer de tuberculose – tinha 32 anos.

Quando frequentava o primeiro ano da Academia Politécnica, travou conhecimento e manteve uma íntima amizade com o poeta Soares de Passos, e desta circunstância intensificou o amor às belas letras. Participou ainda em núcleos de teatro e colaborou com o Jornal do Porto.

Nos seus livros “Os Fidalgos da Casa Mourisca”, “A Morgadinha dos Canaviais” e “Uma Família Inglesa” podem encontrar-se muitas referências à cidade onde nasceu, viveu e morreu.

Um conjunto escultórico, constituído por uma figura feminina que coloca uma coroa de flores junto do busto do poeta, em baixo-relevo. Foi sepultado no cemitério de Cedofeita, juntamente com o seu irmão.

Ao longo dos anos, 71 localidades em Portugal deram o nome de Julio Dinis a uma ou mais artérias.

A cidade do Porto mostra a importância deste escritor na sua história, dando o seu nome a uma Rua, uma Maternidade e um cinema.

O Sol Voltou ao Porto – As Praias do Porto
4 Agosto, 2020 / , ,

Os dias de sol e de calor convidam a uma ida à praia e no Porto não é preciso ir muito longe para encontrar um lugar tranquilo à beira-mar para apanhar sol, passear, saborear um deliciosa refeição ou uma bebida fresca.

Ter praia na cidade é um sonho fácil de concretizar para quem está no Porto. Conheça as nove praias com Bandeira Azul onde pode desfrutar do Verão sem abdicar da vida na cidade.

Praia das Pastoras
O areal é delimitado por dois molhes, o que a protege do vento. É neste local que o Rio Douro desagua no Oceano Atlântico. Tem este nome porque era costume as pastoras trazerem aqui os seus carneiros a pastar as ervas e a maresia.

Praia do Ourigo
A tradição dos banhos na Praia do Ourigo já remonta ao século XVI, quando se acreditava que estas águas curavam doenças.

Praia do Carneiro
Tem um areal extenso e já é bastante frequentada desde o século XIX. Há alguns séculos aquela era uma zona de pastoreio. Diz a lenda popular que foi ali que um desses carneiros se perdeu do rebanho. A imagem do carneiro ficou eternizada em cima do Chalé Suíço (um quiosque que ainda hoje existe na Rua do Passeio Alegre).

Praia do Homem do Leme
Ideal para quem tem crianças, já que dispõe de dois parques infantis. É uma praia rochosa, com um areal de 374 metros. O nome vem da estátua de bronze, colocada na Avenida de Montevideu, que presta homenagem aos pescadores.

Praia dos Ingleses
Tal como o nome indica, era a praia preferida pela comunidade britânica do Porto. Tem um areal com 86 metros, uma zona de declives bastante suaves e areia fina.

Praia de Gondarém
Praia com 115 metros de extensão. O nome desta praia deriva do Latim e significa algo como “descanso na batalha”. Tem um paredão de pedra que é encoberto para preia-mar, tornando-a mais segura para crianças.

Praia da Luz
Um pequeno areal enquadrado por rochas e por uma zona ajardinada na Avenida do Brasil. Quando a maré está baixa podem ver-se dois pontões de apoio aos banhos do século XIX.

Praia do Molhe
Tem uma extensão de 168 metros e deve o seu nome à estrutura costeira, semelhante a um pontão, que avança para o mar e que delimita a zona de banhos. A paisagem é embelezada pela Pérgola da Foz, uma balaustrada de cimento construída nos anos 30 que funciona como um miradouro privilegiado sobre o mar. A escadaria e a zona envolvente fazem com que seja uma das praias mais bonitas do Porto.

Praia do Castelo do Queijo
Situada junto ao Castelo do Queijo. É uma zona rochosa, bastante procurada por pescadores e por pessoas que procuram aproveitar as propriedades medicinais das rochas.