A sua obra marca definitivamente a cidade do Porto. De habitações particulares, passando por escolas e até por um monumento icónico, Marques da Silva ajudou a construir uma cidade mais moderna e mais bonita.
Nascido na Rua Costa Cabral, no Porto, viria a falecer na mesma cidade em 1947. José Marques da Silva nasceu, viveu e morreu no Porto, mas Paris e a estética francesa viriam a influenciá-lo. Começou por estudar na Academia Portuense de Belas-Artes, ingressando depois na École Nationale et Spéciale des Beaux-Arts.
Regressou a Portugal em 1896, assinando logo um projeto de grande importância: a estação de São Bento. Aliás, a Gare Central tinha sido o seu trabalho final no curso de Arquitetura tirado em Paris. No entanto, a ideia inicial teve de ser sucessivamente reformulada, pelo que a estação só viria a ficar concluída em 1916. No entanto, o facto de lhe ter sido entregue uma obra de tamanha envergadura – a primeira estação ferroviária da cidade – demonstra o prestígio que tinha já na fase inicial da sua carreira. Em 1900 recebeu uma medalha de prata na exposição de Paris, o que contribuiu para aumentar o seu prestígio nacional e internacional.
Ao longo da sua vida, Marques da Silva assinou vários projetos que modernizaram o rosto da cidade. São edifícios que aliam o lado estético à funcionalidade e que estão um pouco por toda a cidade, da Baixa a Serralves.
Foi também professor e diretor na Faculdade de Belas-Artes do Porto e na Escola de Arte Aplicada Soares Reis. Foi também autor de obras de relevo em Guimarães e em Barcelos.
Algumas obras emblemáticas no Porto:
Estação de São Bento (1896-1916)
Edifício das Quatro Estações (1905), Rua das Carmelitas
Casa Atelier Marques da Silva (1909), Praça do Marquês de Pombal
Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular (1909), Rotunda da Boavista
Teatro Nacional S. João (1910-1920), na Praça da Batalha
Edifício dos Grandes Armazéns Nascimento, (1914-1927), esquina da Rua de Santa Catarina com Passos Manuel
Liceu Alexandre Herculano (1914-1931), na Avenida de Camilo
Palácio do Conde Vizela (1917-1923), na Rua das Carmelitas/ Rua do Conde de Vizela/ Rua de Cândido dos Reis
Liceu Rodrigues de Freitas (1918-1932), na Praça de Pedro Nunes
Edifício Joaquim Emílio Pinto Leite (1922), na Avenida dos Aliados,
Edifício de Rendimento (1925-1928), na Rua de Alexandre Braga
Casa e Jardins de Serralves (1925-1943), na Rua de Serralves
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