Sugestões

Noite no Porto
10 Janeiro, 2019 / , ,

Necessário é começar esta jornada com a barriga forrada. Criar uma muralha que se dispõe a proteger-nos das agressões que nos estamos prestes a sujeitar. Para

isso, não há melhor que uma francesinha. O local? O Requinte, ainda em Matosinhos, que promete proteger todos aqueles que se aventuram no Porto.

A noite é um crescendo, e, se jantamos em Matosinhos é necessário começar a subir a Avenida da Boavista onde, a meio dela, é obrigatório fazer uma pit stop no Bar 1900, no Foco. O ambiente jovem e a mística que o cobre, são sinais de um futuro promissor. Aí, bebe-se cerveja, minis geladas, ou cocktails brilhantemente preparados pelo seu dono: o Martins, como por todos é conhecido.

No entanto, isto é só um warm-up. Quando começam a soar as dozes badaladas e os sinos reconhecem a viragem do dia, é tempo de nos fazermos ao mar e continuar a subir a Boavista em direção à Baixa do Porto. Aí, o mundo começou. Adega Sports, Adega D.Leonor e o 77 são os pontos de paragem obrigatória. Também, esses locais não são eternos e quando o seu fecho se começa a tornar previsível chega a hora das indecisões: dar um pézinho de dança ou “partir” uma noite. Para quem está disposto a tornar a sua noite épica, na minha opinião, só há um local a ir: Bôite. Espaço refinado, cantos de muitas histórias, onde somos bem servidos e bem recebidos, com a música da voga e um ambiente de loucura mais ou menos generalizado. No entanto, para os menos aventureiros, o Rendez Vous ou Porto Tónico são sempre bons lugares para esticar as pernas. Estes nunca desiludem e são um porto seguro de diversão comedida.

É necessário terminar como começamos, na Rainha da Foz acompanhados de uma francesinha ou de uns “panados à Rainha” e um fino, gargalhadas e recordações de uma noite recente que promete perdurar na nossa memória.

 

Zeca Couceiro da Costa

Sugestões de Paulo Sarmento e Cunha
7 Dezembro, 2018 / ,

Vivo na Baixa do Porto há 15 anos, desde o tempo em que a zona era decadente e insegura aos olhos da maioria, mas não dos meus.

A Baixa do Porto tem um carácter forte, com espaços envoltos por edifícios com história e tradições. É daqui que parto frequentemente para passeios, normalmente a pé ou de transportes públicos.

Conheço bem a Cidade onde vivo. Fui descobrindo os seus cantos ao longo dos anos, desde onde o rio encontra o mar, até ao canto oposto,  em que a cidade se apresenta ainda fortemente marcada pela era industrial de outros tempos.

Não existem muitos sítios públicos da Cidade por onde eu não tenha passado, alguns bem vívidos e que me preenchem a memória.

Porém, a Cidade surpreende-me sempre. Os sítios renascem e  renovam-se e, por isso, com frequência me sinto turista na minha própria cidade.

Serei turista quando for de novo à Quinta do Barão de Nova Sintra, depois da recente requalficação, o que o fez merecer o nome de “Jardins Românticos de Nova Sintra” para voltar a passear e ver as fontes e chafarizes de sempre e verificar como se integrou a nova escultura de Julião Sarmento no novo Jardim.

Será também um gosto revisitar o Parque da Pasteleira para conhecer a transformação que está a ser sujeita o antigo reservatório de água para acolher um dos pólos do Museu da Cidade. Estou com  curiosidade para saber como será cuidada a história da Cidade dentro das sucessivas células de água do antigo reservatório.

Os meus dias começam normalmente cedo. Tento manter este hábito aos fins-de-semana e sair logo de casa para aproveitar as manhãs. Evito, por isso, a noite e o ambiente de bares. Prefiro cafés e neles gosto de ler à luz do dia. O meu preferido é o Guarany, em plena Av. dos Aliados. Com muita arábica, o gosto do café prolonga-se.

 

Quanto a Restaurante, tenho uma particular relação com o Euskalduna Studio, na Rua de Santo Ildefonso. Nunca consegui lá jantar. “Desculpe, não temos mesa”, “Lamento, estamos cheios ..”, são as respostas com que me tenho frequentemente deparado. Vou tentando …

Para ouvir música …. , naturalmente a Casa da Música.

Restaurante O Ernesto
18 Outubro, 2018 / ,

Fundado em 1968 pelo pai do atual proprietário, este espaço, onde impera a gastronomia tradicional portuguesa, possui duas amplas salas e um terraço ideal para os dias mais quentes.

A carta de vinhos é diversificada e tem presentes as principais regiões do país. Ainda que tenha diariamente várias ofertas de pratos de carne e de peixe, a especialidade são os filetes de polvo com arroz do mesmo.

 

Rua da Picaria, Nº 85
Porto
Telefone: 00351 222002600

Ferrimex: tudo o que precisa para o “faça você mesmo”
15 Outubro, 2018 / ,

Para quê comprar se pode alugar? A Ferrimex tem ferramentas para as pequenas reparações domésticas.

A Ferrrimex apresenta um leque alargado de produtos e serviços inovadores para bricolage, pequenas reparações, obras de remodelação, iluminação e jardinagem. Na loja física – situada na zona da Boavista – ou da virtual, encontrará produtos de qualidade superior a um preço bastante acessível.

A empresa aposta também na inovação e tem disponível um serviço de aluguer de ferramentas, destinado a quem precisa de fazer uma pequena reparação e não quer investir em algo que provavelmente não voltará a usar.

Saiba mais sobre este serviço inovador através dos seguintes contactos:

 

Ferrimex Home & Office, Rua João de Deus, 58 Porto

Telefone: +351 223 264 249

Email: comercial@ferrimex.pt

www.ferrimex.pt

 

Sugestões – Marco lo Faro (Erasmus)
15 Outubro, 2018 / , ,

Nacionalidade: italiana

Experiência internacional: estágio ao abrigo do programa Erasmus+

Antes do Porto, as minhas paragens de Erasmus foram Madrid e Barcelona: duas cidades populosamente cheias de vida. No entanto, o meu tempo no Porto foi de longe o melhor que eu poderia ter imaginado. E comunidade internacional vibrante que o Porto oferece. Assim que cheguei senti-me bem-vindo e tive a sensação de que todos se conheciam ou queriam ser amigos.

 

  1. Uma sugestão de restaurante a ir no Porto

Tasquinha dos sabores (restaurante favorito)

 

  1. Um bar que é mesmo preciso conhecer

Labirintho Bar

 

  1. Um passeio a dar pelo Porto

Rua Santa Catarina para dar um passeio e ir às compras

 

  1. Um local para estudar

Livraria Lello para estudar ou para ir quando se está com falta de motivação para estudar. Este lugar inspira qualquer um a escolher um livro e começar a ler.

 

  1. Um segredo da cidade do Porto

Ponto Panorâmico desde o Guindalense Futebol Clube.

 

Sugestões – Elien Declerck (Erasmus)
15 Outubro, 2018 / , ,

Nacionalidade: belga

Experiência internacional: estágio e atualmente está a viver e a trabalhar no Porto, cidade para onde se mudou por aqui ter encontrado o seu namorado.

  1. Uma sugestão de restaurante a ir no Porto

Bira dos namorados, na Rua de Ceuta. É um restaurante que abriu recentemente, mas que já existia em Braga. É uma hamburgueria e pregaria, com uma ementa simples mas muito boa. Adoro o espaço porque está repleto de motivos minhotos com um estilo próprio e é quase tudo construído através de materiais reutilizados.

  1. Um bar que é mesmo preciso conhecer

Capela Incomum, na Travessa do Carregal, na zona de Cedofeita. É um bar dentro de uma antiga capela do século XIX.

 

  1. Um passeio a dar pelo Porto

Recomendo muito um passeio de bicicleta, junto do rio Douro, até o Foz. Há vários sítios junto da Ribeira onde se pode alugar uma bicicleta, por isso, não há desculpas para não fazer este passeio. Depois, quando chegar ao Foz, é obrigatório comer peixe num dos restaurantes!

 

  1. Um local para estudar

E-Learning Café no Jardim Botânico. Além de ser um espaço para estudar, o e-learning café também organiza vários eventos académicos e culturais. O jardim é o cenário perfeito para fazer uma pausa e um piquenique, antes de voltar a estudar.

 

  1. Um segredo da cidade do Porto

O ingrediente secreto do molho da francesinha! Ainda não descobri. O Porto tem vários restaurantes bons para comer francesinha. O meu favorito é o restaurante Santiago. Foi lá onde comi a minha primeira francesinha e fiquei fã!

Parque Oriental
21 Setembro, 2018 / , ,

É um dos espaços verdes menos conhecidos, o que o torna mais tranquilo e ideal para passear, relaxar ou praticar desporto.

Projetado pelo mesmo autor do Parque da Cidade – o arquiteto paisagista Sidónio Pardal – o Parque Oriental beneficia da proximidade do Rio Tinto e muitos dos percursos são antigos caminhos rurais, que atravessavam os campos. Este ambiente bucólico e tranquilo, em que predominam pinheiros e sobreiros, é perfeito para relaxar ou para fugir do calor nos dias mais quentes de verão.

As flores silvestres e alguns exemplares de camélias, rododendros e azáleas dão mais cor a este espaço, tornando-o ainda mais agradável para quem gosta de estar em contacto com a natureza.

Com nove hectares de extensão, este parque é igualmente ideal para caminhar, correr ou andar de bicicleta, recebendo muitas vezes iniciativas destinadas a promover a atividade física.

Alameda de Azevedo, Porto

Animaux de Porto
12 Setembro, 2018 / , ,

Laura (26) e Romain (29) vieram quase por acaso para o Porto. À paixão pela cidade juntaram o amor pelos animais, criando a Animaux de Porto, empresa que presta serviços de pet-sitting.

O casal francês, originário de Brest, na Bretanha, passou pelo Porto em férias em 2016, mas demorou ainda algum tempo até que, há um ano, decidiram deixar os empregos e a vida que tinham em França. Acompanhados pelos gatos, Pipoune e Snookie entraram no carro e, 17 horas depois, começavam uma nova vida no Porto.

Quando um dos gatos adoeceu e perceberam que o tratamento implicava que tomasse três comprimidos por dia, questionaram o que fariam todas as pessoas que tivessem animais com problemas semelhantes. E assim surgiu a ideia de criar um serviço destinado a quem tem animais e não quer tirá-los do seu ambiente quando vai de férias ou enquanto está a trabalhar.

O Pet-sitting é mais do que um trabalho, é uma paixão que começou ainda na Bretanha, quando tomavam conta dos animais de estimação dos familiares. “Trazemos uma presença especial ao animal, que tem um momento reservado para ele”, dizem, explicando assim as vantagens deste serviço, tanto para o animal como para o seu dono, que recebe mensagens e fotografias que o mantêm informado sobre o estado de espírito do seu animal. E o idioma não é obstáculo, uma vez que, para além de Francês, Laura e Romain também falam Inglês e um pouco de Português.

Informações:

www.animauxdeporto.com

animauxdeporto@gmail.com

Instagram: @animauxdeporto

Facebook: Animaux de Porto

Tel: + 351 926 857 199

Tél: +33 631 890 173

Manuel de Novaes Cabral
13 Agosto, 2018 / , ,

Nascido em 1960 nesta cidade, é nela que exerce a sua vida profissional, excluindo o período em que foi chefe do gabinete do ministro Valente de Oliveira, em Lisboa. É a partir daqui que, desde novembro de 2011, lidera o conceituado IVDP, Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, o qual tem por missão fiscalizar, controlar e certificar a qualidade e a quantidade dos vinhos do Porto e do Douro, bem como promove-los e defender as respetivas denominações de origem.

Licenciado em direito e pós graduado em economia europeia pela Universidade Católica Portuguesa, desempenhou funções como diretor adjunto no saudoso jornal O Primeiro de Janeiro e foi assessor da Fundação de Serralves.

Mas antes de chegar ao IVDP esteve 8 anos como Diretor Municipal da Presidência da Câmara do Porto e muitos anos na Comissão de Coordenação da Região do Norte.

Voltando ao vinho, a sua ligação é profundamente familiar e também institucional, pois foi 4 anos Secretário-geral da Assembleia das Regiões Europeias Vitícolas e representou a Câmara do Porto na Great Wine Capitals. Essa ligação faz-se ainda através dos livros, gosto enraizado e devidamente cultivado; entre outros, publicou Aspects de la politique Vitivinicole des Régions d’Europe (3 vols., 2000 e 2001), Territórios do Vinho–Territories of Wine (1ª ed. EV, 2009; 2ª ed. Modo de Ler, 2010) e  Outros Territórios do Vinho-Other Territories of Wine (ed. Modo de Ler, 2012) e, claro, da sua frequente participação regular em jornais e revistas. Com o vinho como centro da atenção, mas com especial foco nos que a região do Douro nos proporciona.

Porque considera o vinho um elemento cultural, não prescinde de fazer constantemente essa ligação: apresentou este mês de Julho o livro Os Poemas da Minha Vida, o 23º volume de uma coletânea comentada de poemas, inserido numa coleção iniciada por Mário Soares e que inclui autores como Marcelo Rebelo de Sousa, Vasco Graça Moura ou Eduardo Lourenço.

São dele as sugestões sobre a cidade onde vive e que conhece bem. E que boas dicas aqui ficam.

 

restaurante: gosto muito de ir ao Ernesto, na Rua da Picaria. Concilia muito bem um ar antigo, com o cosmopolitismo da sua clientela. E as paredes cheias de memórias, com o bom gosto aconchegante do meu amigo Reinaldo, a par de uma cozinha honesta e irrepreensível.

 

 

bar: A Capela Incomum, no Carregal. O local, os amigos e a memória antiquíssima da frequência (sem qualquer sucesso) do antigo Conservatório…

passeio. O Porto não é uma Cidade romântica por natureza? Vamos fazer os Caminhos do Romântico!

 

– local ideal para beber um vinho do porto – O Vinho do Porto, só por si, à temperatura e no copo adequados, transforma qualquer local. Sugiro, naturalmente, o ambiente das Caves de Vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia.

 

 

 

segredo da cidade que podes revelar: o coração de D. Pedro, na Igreja da Lapa, cuja chaves são partilhadas pelo Provedor da respectiva Irmandade e pelo Presidente da Câmara do Porto – só acessível a alguns e em raríssimos momentos.

 

 

 

E sendo um bocadinho lúgrube: porque não cirandar pelos cemitérios do Porto, como as catacumbas de S. Francisco, ou ”conviver” com Camilo Castelo Branco ou Arnaldo Gama no cemitério da Lapa? E, se for aí, peça para ver a pistola com que Camilo se suicidou, em 1890, em S. Miguel de Seide

 

 

Uma última dica: não deixe de visitar uma das menos conhecidas e mais notáveis Casas do Porto, o antigo Banco Comercial do Porto, actual Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, na Rua Ferreira Borges, o que pode fazer com um copo de Vinho do Porto na mão.

CORTEJO DO TRAJE DE PAPEL NA FOZ DO DOURO
9 Agosto, 2018 / , , , ,

Os verões na zona mais ocidental do concelho do Porto têm anualmente uma animação cultural muito característica e peculiar – mas, sobretudo, única. De meados de junho a meados de setembro, a União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde recebe as Festas de São Bartolomeu, um conjunto de atividades que anima as ruas e une populações e visitantes.

O Cortejo do Traje de Papel é, reconhecidamente, o momento mais esperado das festividades, com uma história que ultrapassa já a centena e meia de anos e que na última década tem ganho especial relevo na cidade.

 

São meses de trabalho e preparação, com um foco permanente nas raízes, na história e nas estórias da região. A 2ª Invasão Francesa de 1809 e a Libertação da Cidade do Porto é o tema para o Cortejo do Traje de Papel em 2018, que decorrerá no dia 26 de agosto. São metros e metros de papel, cirurgicamente trabalhados por mãos dedicadas que mantêm vivo este momento festivo da cidade.

Só em figurantes, a edição deste ano conta com 350, oriundos de coletividades e associações da União de Freguesias, que se juntam às restantes centenas que visitam a Foz do Douro para viver esta experiência ímpar.

O formato atual tem 75 anos e integra um percurso que procura chegar aos principais centros nevrálgicos da história da Foz do Douro. O desfile de trajes inicia-se pelas 10h30 e passa pela Cantareira, rica pela sua tradição piscatória.

Depois da passagem inevitável pelo carismático Jardim do Passeio Alegre, espaço cúmplice de muitos intelectuais que preenchem a cultura da Foz do Douro e do Porto, o Cortejo prossegue até à Praia do Ourigo, na qual se realizam os Banhos de Mar, um dos momentos mais marcantes das Festas de São Bartolomeu.

Estes banhos estão repletos de tradição e lendas. Também conhecidos como “banhos santos”, estes mergulhos nas águas do Atlântico – sete, como manda a tradição – representam uma forma de agradecer os favores de São Bartolomeu no ano transato e de livrar e expurgar as maleitas ao longo dos próximos doze meses.

Os participantes da edição deste ano provêm do Bloco da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, da Associação de Moradores do Bairro Social da Pasteleira – Previdência, da Associação de Moradores do Bairro Social de Aldoar e do Orfeão da Foz do Douro.

Muitas são as personalidades da cidade e não só que se juntam a esta tradição, mostrando que a cidade é feita de todos e com todos, mesmo na mais popular das suas tradições.